sábado, 7 de fevereiro de 2015

“Queer as Folk”: elenco vai se reunir para comemorar 10 anos do fim da série

Parece que foi um dia desses, mas há quase 10 anos chegava ao fim a primeira grande série gay da TV norte-americana. Produzida pelo canal Showtime, a série “Queer as Folk” foi polêmica, mas também se tornou um marco para a luta LGBT nos EUA.
Para comemorar os 10 anos do fim da série, todo o elenco e também os criadores e produtores vão se reunir para um painel no Festival de Televisão ATX, que será realizado em junho nos EUA, como conta o Hollywood Reporter. Na ocasião, a série será homenageada pelo seu papel social para expansão de personagens LGBTs na TV norte-americana.

“Queer as Folk”, para quem nunca viu, trata da história dos amigos gays Michael (Hal Sparks), Brian (Gale Harold ),  Emmitt (Peter Paige) e Ted (Scott Lowell) e do casal lésbico Lindsay e Melanie (The Gill e Michelle Cluine). Isso sem esquecer da simpática Debbie (Sharon Gless), mãe do Michael, do Ben (Robert Gant), futuro marido do Michael, e, claro, do Justin (Randy Harrison), a verdadeira paixão do insaciável Brian.
A série teve cinco temporadas, exibidas entre dezembro de 2000 e agosto de 2005. Inicialmente, “Queer as Folk” foi inspirada por uma outra série de mesmo nome exibida na TV britânica entre 1999 e 2000.
O programa causou muita polêmica na época de exibição pelas fortes cenas de sexo, que chocaram os mais conservadores, e o estilo libertino de vida do protagonista Brian, que causou revolta até mesmo entre alguns gays que não se identificaram com a série.
Bem que esse encontro poderia gerar um episódio especial, um telefilme, algo assim, né?

domingo, 20 de abril de 2014

Aos 83 anos, Benedito Ruy Barbosa aguarda posição da Globo sobre novos projetos


Às voltas com “Meu Pedacinho de Chão”, nova novela das seis da Globo, e com 83 anos recém-completos, Benedito Ruy Barbosa não quer saber de descanso.

Barbosa entregou três sinopses à direção da emissora, uma para o horário das 23h e duas para o das 21h. Os projetos são inéditos e aguardam liberação do canal. Benedito, não custa lembrar, tem também em vista uma série sobre o poeta baianoCastro Alves.
Um dos projetos é uma trama ambientada no cangaço, chamada provisoriamente de “O Cerco”. Situada no Nordeste a partir da morte de Lampião e Maria Bonita, a história mostra um bando de cangaceiros que é perseguido por milicianos, que querem liquidá-los. Esse entrecho é candidato ao horário das onze em 2016.
O autor também sonha em tirar do papel uma trama que há anos vem encontrando resistências dentro da Globo. Trata-se da história de “Velho Chico”, que desenvolve-se às margens do São Francisco e toca numa ferida aberta: a transposição do Rio para outros estados nordestinos.
“Velho Chico” foi idealizada como uma trama das nove e chegou a ter baluartes escalados para seu elenco, como Antonio Fagundes e Patrícia Pillar. Mas o projeto não foi adiante devido a seu cunho político.

SBT leva cala boca do governo e lembra caso da extinta TV Excelsior com militares

A atitude do Governo Federal em colocar contra a parede o SBT, através de seu ministro que cuida do dinheiro da comunicação do governo, ao pensar em não repassar a verba publicitária de R$ 150 milhões ao ano para a emissora é uma atitude exatamente igual ao que os militares de 1964 fizeram contra os dono da TV Excelsior.
Em 1964, ao saber que Wallace Simonsen, dono da TV Excelsior, não aceitava passivamente o Regime Militar por ser amigo pessoal de João Goulart e fazia um jornalismo que questionava atitudes dos militares que tomaram o poder dos políticos, o então presidente Castelo Branco, de maneira objetiva e estratégica, cassou da noite para o dia literalmente a concessão da companhia aérea Pan Air, a que foi a mais luxuosa do Brasil e que detinha exclusividade de viagens ao estrangeiro e que era no fundo a sustentação financeira da Excelsior.
Logo que Castelo cassou a Pan Air, de imediato desapropriou por uma ninharia todas as propriedades de Simonsen que tinham aeroportos pelo Brasil sob pretexto de segurança nacional. Desta maneira Wallace ficou sem sua grande renda da companhia aérea e a renda das taxas que lhe rendiam seus aeroportos. Foi questão de tempo para que Simonsen gastasse suas economias tentando pagar as contas da Excelsior que só eram pagas graças ao dinheiro que ele arrecadava fora da emissora.
O PT no governo, através de Dilma Rousseff e Franklin Martins, curiosamente companheiros de guerrilha terrorista cubana contra militares brasileiros em 64, fez igual a Castelo Branco ao ameaçar o SBT de ficar sem os 150 milhões de verbas de publicidade. A diferença é que há 50 anos Simonsen não se vergou aos militares e quebrou, perdendo a TV Excelsior e deixando na mão milhares de famílias.
No caso atual de Silvio Santos, através de seu sobrinho Guilherme Stoliar, que trata de casos políticos, acabou cedendo e compondo uma situação para evitar que os funcionários da emissora acabassem pagando com seus empregos a redução de verbas publicitárias da emissora.
Apenas pra exemplificar em dinheiro, o SBT não tem nem 50 milhões de lucro ao ano, ou seja, se perdesse 150 milhões de verbas do governo teria que reduzir seu quadro de funcionários, principalmente do jornalismo. Então a atitude de Silvio compor a situação tirando os comentários pessoais de Rachel Sheherazade do ar, foi sensata ao preservar os empregos dos trabalhadores.
Tem mais ainda. Engana-se que acredita que o tal comentário sobre o menor preso ao poste foi o responsável pela ação da deputada comunista contra Rachel e o SBT. O pavor que o governo do PT tem ou tinha era que Sheherazade começasse a contar ao povo os bastidores da Petrobras.
Tais bastidores escandalosos aparecem apenas em jornal que o povo não lê ou na web que o povo sequer entende. Mas quando Rachel começasse a explicar seria o fim do governo do PT e de petistas atuantes. Este foi o pavor que gerou toda a ação do governo.

Autores de “Geração Brasil” apostam em “trama pop” para salvar faixa das 19h

Os autores da novela “Geração Brasil”Filipe Miguez e Izabel Oliveira, querem repetir a fórmula de sucesso da novela “Cheias de Charme” e vão apostar em uma “trama pop” para salvar o horário das 19h da TV Globo. A faixa, atualmente ocupada por “Além do Horizonte”, registra os mais baixos índices de audiência da história da emissora carioca.
A nova novela estreia no dia 5 de maio. Em entrevista ao jornal “O Globo”, os dois revelaram que a grande aposta ficará a cargo do personagem Jonas Marra (Murilo Benício), um visionário no melhor estilo Bill Gates, que consegue fazer fortuna após criar um computador de baixo custo e fácil manuseio nos Estados Unidos.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

E não é que rolou o primeiro beijo entre homens das novelas brasileiras?

Walcyr Carrasco entra na história com beijo de Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano) em “Amor à Vida”.

Depois de muita expectativa do público, finalmente aconteceu o primeiro beijo gay das novelas. Niko e Félix trocaram um momento de intimidade logo após uma declaração linda de amor. Quem diria que há 10 anos um momento parecido foi censurado pela mesma emissora, que optou por não exibir o beijo em “América”. Mas o evento só foi possível graças a aceitação do casal Niko e Félix.

Quebrado o tabu, agora é só esperar que os autores tenham menos medo de colocar os beijos entre personagens de mesmo sexo. “Em Família” vem aí com um casal lésbico, e Manoel Carlos pode muito bem colocar as duas moças lindas se beijando. Mais para frente, na próxima novela de Gilberto Braga, Nathália Thimberg e Fernanda Montenegro farão um casal de senhoras, mais uma oportunidade.

Para falar a verdade, torcemos para que aconteçam cada vez mais beijos. O mundo precisa de amor, e não de intolerância. E quanto mais beijos gays na televisão, menos eles serão chamados desse jeito.

Serão chamados apenas de “beijos”.

Sem trama consistente, cenas impactantes marcam Amor à Vida

Se um dia pedirem para resumir a trama central de Celebridade (2003) em uma linha, você diria que a história gira em torno da inveja e cobiça de Laura (Claudia Abreu) por tudo o que Maria Clara (Malu Mader) conquistou. Já a de Avenida Brasil (2012) é sobre a vingança de Nina (Débora Falabella) contra Carminha (Adriana Esteves). E até Salve Jorge (2012) tinha uma espinha dorsal bem definida: a da mocinha Morena (Nanda Costa) que tentava fugir das articulações da gangue de Livia Marini (Claudia Raia).

Agora, e Amor à Vida, qual foi sua trama principal? Seria a inveja que Félix (Mateus Solano) sentia pela irmã Paloma (Paolla Oliveira) e a sua vontade de conquistar o patrimônio familiar? Ou seria a história de Cesar (Antonio Fagundes), um pai homofóbico e de caráter dúbio que se deixou envolver pela ardilosa Aline (Vanessa Giácomo)? É difícil encontrar a trama central da primeira novela de Walcyr Carrasco para a faixa das 21 horas. No afã de abordar diversos temas, o autor espalhou histórias aos quatro ventos, desconfigurou características marcantes de seus principais personagens e o máximo que fez foi provocar risada do telespectador por causa de um texto infantil e inapropriado para o horário.

A novela ficará lembrada, sim, por cenas impactantes, como os inúmeros barracos à beira da mesa de jantar da família Khoury, as revelações sobre a homossexualidade de Félix, a descoberta por Paloma de que o irmão jogou sua filha numa caçamba de lixo, o parto da protagonista logo no primeiro capítulo e o beijo gay no último. Ainda que todos esses exemplos, à exceção do beijo, tenham aproximado a novela de um verdadeiro dramalhão mexicano.

E drama não faltou. Aproveitando que o cenário principal era um hospital, Carrasco quis abordar diversos temas: AIDS, alcoolismo, lúpus, obesidade, câncer. A nenhum deles, entretanto, deu profundidade. Foi raso.  E esses não foram os únicos erros.

Félix, um dos melhores personagens da novela e da teledramaturgia brasileira como um todo, começou a história como vilão cruel e acabou bonzinho. O talento de Mateus Solano, porém, ganhou o reconhecimento do público e os melhores diálogos de Amor à vida, ainda que a maledicência do personagem beirasse a infantilidade. Em contrapartida, Cesar, que teve um inspirado Antonio Fagundes como defensor, e Aline  foram ganhando camadas de personalidade, ao passo que Félix, ao tornar-se bonzinho na reta final da história, perdeu sua melhor qualidade: a vilania.

De resto, todas as outras histórias da novela e seus respectivos personagens soaram vazios. Até Valdirene não tinha densidade. O sucesso que teve foi graças à intérprete. Tatá Werneck saiu-se bem em um terreno que domina com comodidade, o do humor, e contou com a ajuda de Elizabeth Savalla (Márcia), que soube ir do riso ao drama como poucos outros do elenco. A entrada da personagem no Big Brother Brasil 14 foi um dos pontos altos, mas mais uma vez sobressaiu-se a habilidade da atriz com o improviso.

Amor à vida desperdiçou, ainda, o talento de grandes atores. Rosamaria Murtinho, Nathalia Thimberg, Eliane Giardini e José Wilker, por exemplo, ficaram de escanteio em uma trama na qual Félix reinou absoluto.

Uma das maiores recorrências na história foi colocar personagem falando sozinho, o que, reza os manuais de roteiro, é um recurso dos mais primários usados por roteiristas: para não ter de escrever, apenas coloca o personagem dialogando com a própria sombra.

Quanto às tramas paralelas, muitas delas giraram em círculos e não avançaram. É o caso de Perséfone (Fabiana Karla) e Daniel (Rodrigo Andrade), e do entedioso quarteto Michel (Caio Castro), Patricia (Maria Cassadeval), Silvia (Carol Castro) e Guto (Marcio Garcia). E o que dizer de Nicole (Marina Ruy Barbosa)? Virou piada pronta na internet. Pudera: em uma trama realista, inserir uma garota fantasma não tinha o menor cabimento.

Mas não se pode dizer que todas as tramas foram desprezíveis. Eron (Marcello Antony), Niko (Thiago Fragoso) e Amarylis (Danielle Winits) foram ganhando importância ao discutirem a questão da barriga solidária e a formação de uma família homoafetiva. Nesse quesito, Amor à vida tem o mérito de ter ido além de outras novelas e, não à toa, Niko foi alçado à condição de “heroína”, tendo o final feliz ao lado de Felix, o regenerado. O beijo gay do final foi, sem dúvida, o maior avanço da história, que ficará marcada por tal fato.

O autismo, ainda que tenha sido tratado de forma lírica, teve com Linda (Bruna Linzmeyer) um destaque importante. A atriz fez um excelente trabalho de construção de personagem. Pena que o texto não tenha ajudado a ir além de cenas idílicas. Os evangélicos também receberam um tratamento nada estereotipado, fugindo daquela visão de que são todos fanáticos.

Já a direção caprichada de Mauro Mendonça Filho procurou fugir do padrão “enquadradinho” das novelas, imprimiu um ritmo clipado a diversas cenas, escolheu uma fotografia bonita para as imagens de São Paulo que serviam de cenário, mas uma boa embalagem não sustenta um presente frágil. E Amor à vida foi isso: uma novela frágil. Que venha Manoel Carlos mas que venha melhor do que em Viver a vida, sua última novela, porque senão o telespectador é bem capaz de dormir na frente da televisão. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

"A Escrava Isaura" será exibida no canal Fox Life em 2014

Um dos maiores sucessos da dramaturgia da Record, "A Escrava Isaura" é uma das atrações confirmadas para o canal Fox Life em 2014.
 
A novela, que foi adaptada por Tiago Santiago e dirigida pelo já falecido Herval Rossano, foi anunciada na festa de 20 anos do Grupo Fox, que foi realizada na terça-feira passada (01) em São Paulo.
 
Outra novidade a respeito da produção é que será exibido um final inédito. Na época, vários desfechos foram gravados quanto à identidade do assassino do vilão Leôncio, interpretado por Leopoldo Pacheco.
 
"A Escrava Isaura" já foi exibida pela Record em três ocasiões. Além da versão inédita, em 2004, no horário nobre (19h), houve reprises em 2005, na faixa das 22h, e em 2006, às 14h.
 
Em seu elenco estão nomes como Bianca Rinaldi, Patrícia França, Theo Becker, Renata Dominguez, Caio Junqueira, Mayara Magri, Deo Garcêz, Ewerton de Castro, Jackson Antunes e Rubens de Falco (que teve nesta sua última novela, sendo que seu falecimento veio a ocorrer em 2008).
 
Em tempo:
 
Esta não é a primeira vez que a Fox Life reprisará novelas da Record. Em 2006, o canal exibiu "Essas Mulheres", de Marcílio Moraes, Bosco Brasil e Cristianne Fridman.